“Metamorfose”: Exposição de Pricila Soranso será inaugurada hoje na Biblioteca Municipal de Cascavel

A inauguração será a partir das 19 horas, na Sala Verde da Biblioteca. A exposição, composta por 15 obras, explora a diversidade das técnicas mistas, reunindo bordados, eco prints, e criações em aquarela, tudo criado através da extração de tintas naturais.

Por Mariana Moreira

“Metamorfose”: Exposição de Pricila Soranso será inaugurada hoje na Biblioteca Municipal de Cascavel

Na edição desta terça-feira (02), o Caderno Mais abre o mês de julho trazendo mais uma recomendação cultural para os cascavelenses. A nova indicação deve agradar e surpreender os curiosos pelo mundo das artes visuais, mais especificamente das pinturas. 

A artista e aquarelista Pricila Soranso, inaugura, nesta terça-feira (02), a partir das 19 horas, “Metamorfose”, sua primeira exposição visual em Cascavel. A exposição ficará instalada na Sala Verde da Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos, até o dia 26 de julho. 

A organização é do Museu de Arte de Cascavel, em parceria com a profissional. 

Na seleção de obras expostas, a artista, reconhecida pelas habilidades com a pintura em aquarela, explora a diversidade das técnicas mistas, reunindo bordados, eco prints, e, é claro, criações em aquarela, mas tudo criado através da extração de tintas naturais. 

O resultado é uma exposição de 15 obras, que expressam vivências pessoais da artista, e sua conexão com a natureza. Em “Metamorfose”, a Pricila reúne elementos naturais aplicados em técnicas mistas para abordar temas como a solidão, a relação com a natureza e as mudanças do tempo e da percepção.  Para isso, a exposição é dividida em duas séries: “Solidão” e “Já Fui Planta, Hoje Sou Cor”.

Em entrevista ao Caderno Mais, a artista Pricila Soranso explica que as séries abordam temas interligados, mas cada uma com sua particularidade: “A série Solidão fala sobre um espaço de caminhada e da solitude da mulher moderna em seus dias em meio ao cotidiano. Fala de um momento de parar e observar a delicadeza das cores e da dor de estar só, mas tudo com leveza”, explica a artista. 

Já em “Já Fui Planta, Hoje Sou Cor”, Soranso aborda as transformações sofridas pela vida e pela natureza com o passar do tempo: “Esta série nos leva a um espaço de transformação, de mudança, mas também para um ambiente confuso, de percepções exageradas de sentimentos de solidão e tristeza, e, assim como na natureza, onde tudo é simbiótico, há a troca, o espalhar e o modificar para florescer”, continua. 

Com mais de 90 cores descobertas através de técnicas de extração de pigmentos naturais ao longo de sua carreira, Pri Soranso, como também é conhecida, é uma verdadeira alquimista do mundo das artes. 

A exposição é resultado de cinco anos de pesquisas da artista sobre os pigmentos naturais. Entre os materiais utilizados, a profissional explora uma diversidade de fontes, em sua maioria nativas da região. Entre os materiais coletados para produção de pigmentos, temos: Pau Brasil, Macela, Araucária, entre outros. 

Esses elementos passam por um processo de extração, produção e maturação, que, em alguns casos, levam mais de seis meses para resultar no pigmento esperado. Esta alquimia das tintas é resultado da curiosidade da aquarelista em saber como surgiram as primeiras tintas da história: “Inicialmente eu tinha curiosidade em conhecer como, na Idade Média, eram feitas e usadas essas cores, já que os pigmentos sintéticos têm cerca de 130 anos, mas antes disso, eram os pigmentos naturais que serviam como esta base”, explica. 

Ao longo de seus processos de pesquisa, que foram intensificados durante a pandemia, a aquarelista explora, não só suas extrações e colorações, mas também o processo de maturação após o uso em suas artes: “É uma alquimia, porque os pigmentos vegetais são diferentes dos minerais, por serem mais fugitivos, que se alteram ao longo do tempo e da forma como a luz incide sobre eles, então algumas obras já têm uma coloração diferente do momento em que foram produzidas”,finaliza. 

Aos leitores que não querem perder a oportunidade de conferir a exposição, o Caderno Mais reforça o recado. A exposição “Metamorfose”, criada pela artista Pricila Soranso, será inaugurada nesta terça-feira (02), a partir das 19 horas, na Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos, onde ficará em cartaz até o dia 26 de julho.

Com duas séries, “Solidão” e “Já Fui Planta, Hoje Sou Cor”, a exposição aborda temas como a solidão e as mudanças do tempo e da sua percepção, através de uma série de 15 obras. As criações são resultado de estudos e aplicações de técnicas de técnicas mistas, e reúnem bordados, eco prints e aquarela, tudo criado através da extração de tintas naturais. 

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 08 às 18 horas, na Sala Verde da Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos, que fica localizada na rua Paraná, número 2786, centro de Cascavel. 

Para acompanhar os demais trabalhos da artista Pri Soranso, basta seguir o perfil: @prisoranso_criacoes, no Instagram. 

 

Data 

02-26/07 

Exposição  “Metamorfose fica em cartaz até dia 26 de julho 

 

Trecho 

“Esta série nos leva a um espaço de transformação, de mudança, mas também para um ambiente confuso, de percepções exageradas de sentimentos de solidão e tristeza, e, assim como na natureza, onde tudo é simbiótico, há a troca, o espalhar e o modificar para florescer”

-Pricila Soranso 

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