Proprietário do Pinheirão é notificado pelo estado para desapropriação do Pinheirão
A notificação comunica o proprietário da área que o valor proposto pela avaliação imobiliária da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) é de R$ 64,9 milhões
Por Bruno Rodrigo
Nesta terça-feira (29), o Governo do Paraná enviou uma notificação de desapropriação ao atual proprietário do Pinheirão, em Curitiba, declarando a área como de utilidade pública através do decreto 7.669/2024, assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. O projeto prevê a transformação da área de 124 mil metros quadrados em um Centro de Convenções com complexo hoteleiro, com investimento do setor privado em um modelo de Parceria Público-Privada (PPP).
A proposta do Estado, detalhada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), avalia o terreno em R$ 64,9 milhões, valor que o governo se compromete a pagar em parcela única com recursos obtidos pela transformação da Copel em uma corporação. O proprietário tem 15 dias para responder à notificação. Caso aprovada, a proposta visa a revitalização da área no bairro Tarumã, que permanece sem uso há 17 anos. A estimativa é que o investimento no novo complexo ultrapasse R$ 1 bilhão, impulsionando Curitiba como destino de grandes eventos internacionais e gerando benefícios ao turismo e à economia estadual.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Estado do Planejamento em conjunto com o Paraná Projetos, contempla ainda espaços complementares, como arenas esportivas e áreas comerciais. A concepção do modelo de PPP está sendo conduzida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que definirá as diretrizes de concessão da área para a iniciativa privada e o escopo das novas estruturas. A previsão é que o estudo seja concluído nos próximos seis meses.
O Pinheirão, um marco no esporte paranaense, foi construído pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) como o “Maracanã de Curitiba” e chegou a sediar jogos do Athletico, Paraná e até da Seleção Brasileira. O estádio deixou de ser utilizado no início dos anos 2000 e, em 2012, foi adquirido pelo empresário João Destro em um leilão. Desde então, o espaço não recebeu novos investimentos, permanecendo sem uso por mais de uma década.
A expectativa do governo é que o novo complexo insira a capital paranaense no circuito de eventos internacionais, ampliando o fluxo de turistas e estimulando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Créditos: Da Redação